sábado, 31 de janeiro de 2009

POSSIBILIDADES


Neste momento, o eu ser alguém a beber coca-cola com cerveja
pensa em sua cidade como alguém que simplesmente pensaa sua cidade.
Tenho de acordar segundas-feiras, terças, quartas, quintas, sextas.
Tenho um sábado e domingo para atuar com as costas sobre o encosto
de alguma coisa chamada cadeira ou sofá lendo algo inútil como um livro
de poemas mais verdadeiro do que todas as dores da carne.
O eu pensa em sua cidade sem ambições políticas
justas ou injustas.
O eu não tem um encontro onde possa degustar discurso
se envaidecer-se de ter uma bela opinião
e admiradores enxergando que daria um belo número
partidário.
Mas o eu sabe que sua cidade precisa para todos os cidadãos
de segundas, terças, quartas, quintas, sextas,sábados, domingos, com cerveja suficiente
para se tecer discursos e despertar olhares
ou quem sabe a possibilidade de ser mais um número
de parlamento.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

CASAMENTO


Fim:
Seu casamento, feliz no fim, quando os pés são leves como bonecas infláveis de pelúcia.
Seu marido, o espelho das leis e convenções, tinha um modo de puxar as cadeiras nos restaurantes, semelhante à maneira de colocar o travesseiro embaixo das costas para dar prazer ao coito.
Sua família apoiara a união, louca pra se livrar de mais uma boca.
Mais sobra nos sábados em que churrascos chiavam em harmonia com os cliques das latas de cerveja. Mais espaço para as fodas sorrateiras nos recantos da casa, escuros e em construção.
Em casa, a recém-casada esperava o marido.
A princípio, o peso que sentira à cabeça não era digno de nota. Pensara ser o cabelo a causa da alteração gravitacional.
Uma vizinha inocente creditara a culpa ao deslocamento atmosférico.
No entanto, eram tantas as hipóteses, palpites, piadas, que decidira recorrer ao esotérico.
Satisfeita com a resposta abstrusa, cheia de complicações sintáticas, transformara o acontecido numa vantagem, alugando seus chifres como quarador.
O inconveniente era que o teto precisava ser aumentado infinitamente, chegando a tocar no sobrado dos deuses desacreditados, adrede confundidos com anjos caídos.
Uma vez despencara um deus por sua galha, que amorteceu a queda.
Foi a partir dessa visita bombástica, da qual o deus nu soube tirar proveito, que sua sexualidade ficara incontrolável e a galha foi diminuindo até sumir.
Então, a história terminando pelo início. Era uma vez uma esposa que conheceu – no sentido bíblico – um deus desconhecido e pediu o divórcio e saiu pelas ruas dando pra deus e o mundo, afirmando o selvagem impulso dionisíaco de ouvir o grelo falante.

TURVOS


Somos do mesmo aquário
esgotamos a mesma água
devoramos os peixes pálidos
por ofenderem nossa fome de espelhos
Somos do mesmo aquário
pensem na idéia desse aquário
acompanhem a falta de idéia desse aquário
no fim só as paredes de vidro
sem filosofias que não sejam transparentes
Somos desta água suja e orgulhamo-nos
do que vêem nossos olhos turvos

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

PRIAPO - um conto de Natanael


Príapo verifica as rodas, a gasolina, o óleo, enfim, cuida em ver se o caminhão aguentará o repuxo para a próxima viagem.
Olha ao redor, sem constrangimento. Tivesse alguém olhando, esguicharia, conforme o pretendido.
Está apertado. Abre a braguilha. O zíper engancha. O sangue aponta na glande.
Vai até a cabine. Um pano, que não percebe embebido em gasolina, traz mais dor.
Vai ao banheiro. Abre o chuveiro. Água quente ferve ainda mais seu grito calado.
Eu o observo. Chamam-me de devorador, alguns. Outros, apenas, de narrador. Quanto a mim, não sei do que chamar-me. Não tenho memória larga. O momento, o que mais me marca.
Príapo, após algumas horas, serenadas as angústias corporais, resolve partir.
Em minha cabeça, todas as vozes antecipam o que ele fará. Não posso impedir muita coisa. Tenho a minha hora própria para atuar.
Vejo tudo em minha mente. Daqui a pouco, estará aqui.
Após passar por duas pontes, na beirada de uma delas, vê alguém pedindo carona. Pára. Uma cabritinha sobe os degraus e se ajeita.
Ela lhe agradece. Uma cabritinha bem criada. Quatro patas sólidas, pêlo luzido e com um cheiro incomum em animaizinhos como ela.
Depois de umas duas horas, resolve parar pra ir tirar água dos joelhos.
Ela desce junto, mas vai à frente. Ele observa o rebolado animal, o furinho acendendo e apagando.
Entram no mesmo banheiro. Ele, mais que depressa, coloca o membro pra fora. Alívio, quando todo líquido se escoa.
Quando vai guardar, um berro sutil povoa o ambiente. A cabra colocara a língua pra fora. Uma língua longa e viscosa. Tão longa que num minuto envolve-lhe o saco escrotal. Parecia uma puta experiente nos matos do mundo. Ele força a cabeça e o focinho da gulosa, num amplo movimento de ida e volta.
Enquanto é engolido, observa o rabo da cabrita num balanço de volúpia. Sente vontade de virá-la, antes que o gozo se cumpra.
Porém, ela mesmo oferece-lhe a entrada suculenta. Todavia, é só Príapo encostar e o banheiro todo se inunda de esperma.
Na inundação, a cabritinha morre e sou obrigado a cumprir meu dever.
Com uma gilete, rasgo a história em quadrinhos, com todo cuidado, procurando retirar Príapo do papel. Sinto sua dor e dela me alimento, como todos os dias em que reinvento seu retalhar.

domingo, 25 de janeiro de 2009

CHUTAR NO CLARO

Tirei o sapato do pensamento.
Fiquei sujeito ás micoses do pensar.
Pensei em não pisar idéias-bosta-no-caminho.
Pensei em não andar senão em tapetes de liberdade.
Tirei o sapato do pensamento.
Pode acreditar no xulé que não sentes.
O vento ajudando os vãos dos dedos de refletir.
O vento ajudando ás idéias dos galhos.
Sei que nunca será tarde pra voltar a usá-los.
Só que agora não preciso
.Os pés brilham de desejos satisfeitos.
Podem chutar no claro sem o escuro dos sapatos.

CACOS DE AMAR


Cacos de meu amar rolando pelo morro abaixo.
Do meu amar que não se conhece desde o século passado.
Do meu amar primeiramente tecido por poeta enquanto seu fígado recebia bicadas.
Do meu amar que insiste em vir a mim pela escrita de outros prometeus.
Cacos de meu amar num barulho de avalanche.
Cacos de meu amar sem amada ou objeto de apaixonar.

Vai rolando abaixo e nem sei nomeá-lo com outro nome que não seja o verbo amar.
Cacos aos quais ninguém liga porque sou aparência de felicidade sob um sol de guarda-chuva.
Contemplo os outros rostos com a indiferença que me dedicam.
Cacos de meu amar rolam com meu umbigo.
Sei que podem ferir alguém lá embaixo excessivamente consciente de ter poder.
Mas que posso fazer se são cacos de amar e descascaram como cascas de ferida?

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

MACHADOLHAR

Há um cansaço bem aqui dentro.
Quase dobro o martelo da ausência.
Preciso força nas pernas do poema.
Excesso de fritura nos signos.
Estou cansado do espaço para amar.
Estou cansado do tempo para amar.
Estou preparado para não levantar jamais.
Ficarei aqui, oxidado de sonhos estéreis.
Ficarei aqui sem arquitetura.
Esvaindo por entre os fatos.
Vontade de raspar o chão com meu cansaço.
Vontade de gastar na vida o inalcançável.
Há um cansaço de sentir.
Há um cansaço dos olhos.
Os braços iludem com seu movimento.
Só movimento o por-fora.
O por-dentro trago aqui, cansado.
Só o corpo passeia, provisório.
Ficarei aqui sem sentir, sentado.
Não adianta sentir.
Sentar, estender-se.
As linhas das rugas acentuam.
Vontade de ser uma árvore e esquecer
Que a beleza feminina nos circunda
Qual um machado cheio de olhos.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

UM POEMA DE NATANAEL


O prato está vazio
Para a chegada do fantasma gordo
Que adora os pastéis de vento
De tia não-nascida, a quem amo
Com toda a indiferença
Que neste instante me dá a palavra amor
.Não totalmente vazio
Há grãos de arroz
Deixa eu contar
Quantos há no teu olhar.
Tentei não ser romântico
Mas na minha frente uma colher abraça um prato
Que tem alguns grãos de arroz e exala um perfume
De coisa não-lavada.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

O MESSIAS EM BRUZUNDANGA E SEU ÚNICO JUDAS


Criação do fórum técnico permanente de cultura com representantes dos vários setores das artes para discussões de políticas públicas culturais

-Você enlouqueceu?

Uma verba dentro do orçamento da secretaria destinada à coordenadoria do teatro

-Tá sonhando...Eu sou mais a minha tuba..

Lei municipal de fomento à arte

-Pensa que é o Messias?

Implantação de políticas de valorização para a formação artística e cultural e de público na área teatral, nos escolas municipais e estaduais, nos centros culturais e entidades de bairros já existentes, através de diversos grupos tanto locais como de outros municípios

- Outros municípios? (ao povo) Gente, cortem-lhe a cabeça!!!

Espera, eu não acabei!

Criação de uma escola livre de teatro

-Pra que teatro? O suficiente está aqui.

Todos querendo ser o máximo...Equipamentos e readequação dos espaços já existentes com mesa de luz e som, técnicos especializados

-Você apenas repete os outros de antes..Saia já daí!!!

Mostra de teatro dos grupos locais e mostra de teatro intermunicipal

-Como que é? Outros? Intermunicipal? Que p...é essa?

Teatro municipal ligado à secretaria municipal da cultura com todo equipamento e palco adequados às existências do teatro

-Secretaria Municipal de Cultura, burro(com as iniciais em maiúscula)!!

Calendário artístico cultural do município

-Olha lá no outro tópico. Sua cruz está vazia.

Criação de veículos de comunicação para divulgar as atividades culturais

-O jeito é apagá-lo.

ASSIM TERMINOU EM BRUZUNDANGA O DIALÓGO ENTRE O MESSIAS E SEU JUDAS QUE ASSASSINOU-LHE COM O DEDO NA TECLA "DELETE".
-0-
NOSSO COMENTÁRIO:
Senhora Secretaria de Cultura do Municipio de Cubatão,
solicito sua atenção, as ideias de MESSIAS.
Por meio deste comentário, este editor coloca com PRIORIDADES CULTURAIS DE CUBATÃO
as ideias do tal personagem MESSIAS, e pode ter certeza, Senhora Secretaria, que seria o ideal, para a cidade e a senhora, escreveria seu nome em letras douradas, na cultura do municipio, se apoiasse tais implantações.

sábado, 17 de janeiro de 2009

DESARMEI


Eu fiquei a coçar perebas.

Ela foi a manipular o sexo

Que descobrira ao sul de si.

Eu me dei aos vãos de meus dedos.

Nela dói o eu ter me olhado.

O eu ter viajado

Ao norte de mim.

Eu fiquei.

No norte.

Ela foi.

Ao sul.

Desarmei o vento de ser.

De ser desejo a lamber-me.

Em pedaços,

Não me servi da ceia.

Hoje.Só hoje, notei os raios que ficaram

De seus olhos feridos nos meus.

NATANAEL NOS TRAZ LIMA BARRETO


OS FRAGMENTOS QUE VÃO ABAIXO SÃO DE AUTORIA DE LIMA BARRETO TENDO COMO MOTIVO O BRASIL DE SUA ÉPOCA, QUE ELE CHAMA DE BRUZUNDANGA(trapalhada):

" O senhor quer ser diretor do Serviço Geológico de Bruzundanga? pergunta o Ministro.
-Quero, Exa.
-Onde estudou Geologia?
-Nunca estudei, mas sei o que é vulcão.
-Que é?
- Chama-se vulcão a montanha que, de uma abertura, em geral no cimo, jorra turbilhões de fogo e substâncias em fusão.
-Bem. O senhor será nomeado.
.....
Houve um rapaz que, julgando que o poderoso Visconde queria um amanuense chic e lindo, supondo-se ser tudo isso, requereu o lugar, juntando os seus retratos, tanto de perfil como de frente.
Pâncome fê-lo vir a sua presença. Olhou o rapaz e disse:
-Sabe sorrir?
-Sei, excelentíssimo Senhor Ministro.
-Então mostre.
Pâncome ficou contente e indagou ainda:
-Sabe cumprimentar?
-Sei, senhor Visconde.
-Então, cumprimente ali o major Marmeleiro.
............
Indagou, afinal:
- Sabe escrever com desembaraço?
-Ainda não, doutor.
-Não faz mal. O essencial, o senhor sabe. O resto o senhor aprenderá com os outros.

E foi nomeado, para bem documentar, aos olhos dos estranhos, a beleza dos homens da Bruzundanga."

O BRASIL MUDOU????

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

RAMALHO


Não se sabe se a desterro

Não se sabe se a naufrágio

Ou se o seu mapa deu erro

Ou se da nau lhe empurraram.

Só se sabe que o Ramalho

Aportou no lugarejo

E pôs olho na filhinha

Do cacique, com desejo.

Que lugarejo o merece?

No “Enigma”, Schmidt

Diz que Cubatão é esse,

E formou-se um ti-ti-ti.

Fundador de Santo André,

Ramalho seu lar ergueu.

Deu-lhe aquilo a mulher,

E de céu gozos lhe deu.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

"SESMARIAS"

Martim doou sesmarias
Para boa ocupação.
Vieram depois rap'rigas
Para a multiplicação.

Ventres deram joãozinhos
E outras mariazinhas.
Com tal enchente de ninhos
Cubatão ficou cheinha.

Pois Doutor Pero, Rui Pinto
E outro Pinto notório,
Ganharam sem nenhum risco
Cubatenses territórios.

Sesmarias deu Martim
Para que gente ocupasse.
Daria poligamia
Seis marias, se as doasse?

domingo, 11 de janeiro de 2009

LENDO CUBATÃO


Cubatão, atenta no que digo,
E deixa eu ler-te o imberbe rosto...
Vejo, pelas linhas que ele tem,
Guerras que, valente, enfrentaste,
Aos olhos salsos dos sambaquis.
E enxergo-te a tostada face
Em araçás, jacatirões,
Bananas, jacas, mexericas,
Dando perfume a tuas glórias,
Como cantou teu filho Afonso Schmidt,
Ao bem louvar-te a fauna e a flora.

Não preciso paga, só ouve a canção
Que flui em teu rosto de rios e serras,
Guarida e piscina de ágeis pirralhos,
Vitrina de peixes, cujos olhos guardam
A nudez antiga de moças risonhas,
Acocoradas, se lavando,
Engrossando as coxas no agacharem-se,
De pito nos lábios, em paixão intensa,
Por artes de botos em candentes taras.

Escuto em teu peito o sangue quente
Do velho povoado em fluxo verde
Nas trilhas infindas de índios, que Ramalho,
Martim, Tibiriçá, e outros, percorreram,
Subindo o íngreme planalto, em caça
Dos tupinambás, valentes guerreiros.

Guarda essas moedas. Olha, estão caindo.
Apanha-as do chão e com elas adquire
Um terreno ao pé de velha estrada serpenteante,
Onde descanses lembranças de DOM PEDRO I,
Que te cobiçou a pele morena, quase aqui deixando
O sêmen da independência.
Descansa a memória também de PEDRO II
E seca as mãos molhadas de MIQUELINA DOMINGUES
Que deu água certeira à sua imperial sede incerta,
Primaverando seus lábios de outono.



Vejo pelas linhas de teu ventre e sexo
A biodiversa cor de tuas aves e raças.
E em tuas pernas, avisto crianças,
A roçarem-te o joelho azul,
E percebo em galhos ninfas solitárias,
Esquivando dos estilingues sôfregos,
Aguardando pássaros de arco-íris,
Na esperança fértil do perene amor,
Vindo de além-mar, da beira do rio, ou qualquer lugar.

E pelos teus pés de barro e ouro,
Noto emancipadores, que, num longínquo 1949,
Impulsionaram nossa rica história,
Onde rodas dentadas ainda marcam presença
E teimam em transformar recursos em riquezas.

Vejo-te os rastros, sulcos, feitos em som, doçura e fúria,
Marcando o mistério contemporâneo de tocar com dedos de aço
Os seios dos teus morros, os teus braços de rios,
Os cabelos dos teus manguezais, o teu corpo, enfim,
Ao pé da serra azul, a fluir no crescendo da história.

E surpreendo-me sobre teu ser,
A brincar de furar rãs com tridentes improvisados,
A estudar com o fito em ser astronauta
E roubar o mel da Ursa Maior,
A trabalhar e ser artista,
Só para registrar o melhor do ser no espaço.

Cubatão, assim te vejo e sinto, da cabeça aos pés,
E descubro-te, Alteza Serrana,
Como passista mítica dos sambaquis,
Enquanto o enredo de teu corpo se fortalece,
Convertendo a esperança em samba
Molengo e alegre, por artes do amor,
Que encharca presente, passado e futuro de sentido.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

A ROSA FLORESCERÁ EM NOSSOS MURCHOS JARDINS


Começo por declarar meu amor à Democracia. Consequentemente, gosto de eleições.
O difícil, no processo eleitoral, é sermos os mesmos do começo ao fim. Não só o candidato, também o eleitor. Ocorrem todos os tipos de estratégia e equívocos, cobrindo nossas intenções claras com mantos algo escuros.
Afinal, somos animais emotivos por excelência. E interessados. E interesseiros.
Passada a chuva eleitoral, chegamos nos tempestuosos dias da busca por cargos. Atropelamo-nos. O banquete dos cargos desperta-nos.
- Queremos servir a comunidade!!! Ser úteis!!...Não queremos dinh....(alguém tapa-me a boca).
Edis e secretarios lutam a nosso favor. Mas temos muitos irmãos. Todos de bocas escancaradas. Dentes e facas amolados.
x- Ei, esse cargo de chefe de não-sei-quê-serviço não exigia escolaridade superior!!!
y- Eu criei isso. Era chefe. Quero continuar. Fiquei dependente...Por isso, mudei de partido.
x- Entendi...Como vai ser dificultoso achar gente de nível universitário em nossos quadros....voce continua no cargo.
LEMBRANDO LIMA BARRETO NA CRÔNICA "DISSIDÊNCIAS":
ORA,BOLAS! CHEFES QUE TAIS NÃO MERECEM CONFIANÇA!
O QUE ELES QUERIAM, O QUE ELES QUEREM, SÃO PROVENTOS QUE OS ALTOS CARGOS DÃO E SOBRETUDO AS VANTAGENS QUE ELES TRAZEM A MARGEM.
Nas ruas, a espera: - TERMINEM DE REPARTIR LOGO NOSSA TÚNICA!!!!!
A ROSA É NOSSA, É LINDA E PRECISA FLORESCER EM NOSSO MALTRATADO JARDIM!!!!!

Natanael

sábado, 3 de janeiro de 2009

MÁRCIA ROSA... PERFUME DE ROSAS CÁLIDAS


Deu-se a posse de nossa Prefeita em 1º de janeiro de 2009.
Temos, na história de Cubatão, a primeira mulher empossada como titular do Poder Executivo.
Quem dera, tivéssemos mais mulheres no Secretariado.
Mas, estamos em um sistema patriarcal.
Num sistema assim, o deus é masculino, como papai noel, buda, maomé, etc....
Porém, Márcia Rosa, ajudada por Marilda Canelas e Erenita, equivalerão, em energia e determinação, a todos nós, homens e não-homens (corruptos).
Assume a Prefeitura com imensas responsabilidades.
Seu dever maior será restabelecer a estatura ética do nosso município.
Na posse, tivemos pequena mostra da correlação de forças que dominará no transcorrer de sua gestão.
Não será fácil.....se bem que....tenho medo de harmonia entre legislativos, judiciários e executivos....
Tenho como salutar, democrático, a desarmonia (aparente, até certo ponto)...
Pois pensamentos unificados podem desembocar em delírios de autoridade, melhor dizendo, ditatoriais.
Há demasiadas articulações em todas as esferas de poder. Para o bem (de uns) e para o m...o bem (de outros).
O positivo é que sabemos quem é quem desde já.
Preferia que fossem pessoas diferentes fazendo oposição salutar.
Como quero um sindicato dos servidores fazendo oposição construtiva...
Tá bem, já posso até ouvir alguém contra-argumentando que não há oposição, há apenas posição (presidente, vice, secretário, etc..).Seja.
Fiquei contente com a iniciativa da Prefeita contra os corruptos.
Ah, tivéssemos um Protógenes Queiroz, policial federal que faz tremer os bandidos de colarinho!!!
Hoje, cortaram-lhe as asas e recursos, mas - pasmem -, ele ainda voa de encontro aos "insetos". Há uma vasta entrevista com ele na revista "CAROS AMIGOS".
Mas creio em Márcia Rosa como nunca acreditei em ninguém...
Só não me mandem mitificar quem, cedo ou tarde, nos requisitará a Amazônia.
A MÁRCIA ROSA meu assentimento plácido com perfume de rosas cálidas.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

SAMBA AQUI SAMBAQUIEI


Fui visitar sambaquis,

E comi osso no espeto,

De conchas fiz atabaque

Pra macumba de esqueleto.

Acumulei no coração

Muitos ardores ariscos.

Em solidão vi amores

Entre siris e mariscos.

O antropólogo Paul Rivet

No sambaqui de Piaçaguera

Se encantou tanto que ao ver

Esqueceu-se porque viera.

Fui visitar sambaquis,

Andei pra lá e pra cá,

Em Casqueirinhos me vi

No pé de sambaquiar.