domingo, 9 de agosto de 2009

FAMILÍA COM CERA NO TEM,PO


A família comum entra no barzinho do Marquinho Donald

E senta-se.– O Haiti não é aqui...

Cantou o caçula,

Com precoce desagrado e sabedoria.

Anjos se trajavam com a nudez do ar

E fornicavam com as nuvens em trovão.

Dois indultados no Natal e suas metralhas

Entram no bar do Marquinho, pleno da cera do tempo.

O galo canta três vezes livre e misterioso

Num celular vizinho à família,

Que é rendida sem esforço maior.

No bolso tremem reis magros de um jogo de xadrez.

Leocádia correu junto com a prole e Antonio clamou desesperado:

– Por favor, sou pai de quatro filhos e um de peito!

(No outro dia, na Internet, a estampa de Antonio em “catchup”Como se fosse um “Big Dog”.)

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