Leva o poema pro passeio público.
É preciso afugentar os autômatos.
Espantar as roxas frutas nas bocas.
Une-te a teus irmãos azuis.
Lá, estranhos monologam em pressa.
Mas é preciso dar atenção aos pobres.
Eles bebem e comem sobre papéis de asfalto.
São faltos de esperança há muito.
Desliga-te dos peitos inflados no vácuo.
Entrega-lhes o poema, porém, como pergunta.
Perseguem o dia e o perdem, como tu.
Vai, filho, antecipa-te aos homens cinzentos.
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